sábado, 20 de outubro de 2012

Jon Jones ou Georges St.Pierre: qual o ‘menos complicado’ para Anderson Silva?


Superlutas: próximos passos para Anderson?Após detonar Stephan Bonnar no UFC Rio 3, Anderson Silva foi indagado sobre as possíveis superlutas contra Georges St.Pierre (campeão meio-médio) e Jon Jones (meio-pesado). Categórico, o Spider brincou: "Prefiro o St.Pierre. Seria mais fácil, ele é menorzinho, eu apanharia menos".
Se o brasileiro se mostra aberto ao embate com GSP, segue firme com o negativo a cada vez que é perguntado sobre Jones. Mas o chefão Dana White já afirmou pensa seriamente no encontro, e que "um caminhão de dinheiro" pode fazê-lo mudar de ideia em breve.
Será mesmo? Análises, possibilidades e palpites seguem livres enquanto tudo ainda fica na promessa. Mas o que cada campeão teria a oferecer em duelos estilísticos contra o brasileiro?
Georges St.Pierre
Aos 31 anos, o canadense é um dos raros lutadores que modificou diversos fatores do padrão original de luta (como carateca), e mantém obediência tática impecável, mesmo em testes mais complexos.  A fama de 'robotizado' procede neste campo que, por bem ou por mal, tem sido grande diferencial desde a derrota para Matt Serra, no UFC 60 (tida até hoje como a maior zebra da história do evento).
St.PierreConsiderado neutralizador impecável de estilos, o senso metódico de GSP também se traduz no wrestling e no solo. O aproveitamento em quedas é um dos melhores do UFC e as finalizações, mesmo que um tanto secundárias atualmente, seguem bem afiadas.
No striking, tem marcas registradas interessantes, como  boas variações no superman punch, que usa em momentos oportunos para quebrar o ritmo  de ataque dos oponentes.
Contra o Spider
O combate seria em catchweight (peso combinado) em 81 ou 82kg. GSP tem inicialmente de se esmerar para não ser abraçado pela diferença de envergadura do Spider. Jabeador eficiente, pode usar o recurso básico do boxe para fintar, encurtar e tentar sistematicamente explorar quedas, o fundamento mais frágil do brasileiro. O segredo também pode estar em apostar fielmente no atleticismo para viabilizar uma tática mais longa. Anderson já se mostrou desconfortável e impaciente quando tem de lutar muitos rounds.
Jon JonesJon Jones
Doze anos mais novo que Anderson, a envergadura de 2,14 m é o grande trunfo de Jones ser superado. Nas última atuações do campeão meio-pesado, o plano inicial para não se expor em demasia tem sido apostar no domínio da longa distância, com chutes altos circulares,  frontais e 'pisões' no joelho.
Na parte pugilística, também abusa do tamanhos dos braços. Mesmo sem demonstrar pegada mais intensa nos socos, usa contragolpes certeiros por cima das tentativas de jabs, diretos e cruzados dos adversários. Jones raramente utiliza bloqueios e prefere criar ângulos para sair do raio de ação em pequenos recuos ou passos laterais. O 'algo a mais' é garantido pela versatilidade. Há sempre alguma joelhada voadora ou cotovelada esquisita guardada na manga.
Nos clinches, o perigo é constante, e aposta constantemente em rasteiras (varreduras) ou double legs (agarrar as duas pernas para derrubar). Jones nunca foi colocado de costas no chão e tem habilidades letais por cima. A marca registrada é o controle de pulso/cotovelada no rosto, com aproveitamento brutal frente a praticamente todos os oponentes no octógono.
Contra o Spider
Anderson conta com paredão psicológico difícil de ser abalado, mesmo nos momentos de maior perigo. Mas Jones certamente tem dinâmica e ferramentas suficientes para quebrar o senso de confiança do Spider.
Mesmo que na mente dos mais ávidos esteja um duelo cinematográfico e repleto de golpes plásticos, a estratégia mais direta de Jones seria traçada para manter o brasileiro distante com o arsenal de chutes, e com isso evitar ser atraído para a medida de contragolpes sempre precisa do brasileiro, abusando da movimentação nos primeiros minutos, para depois tentar quedas e o mortífero ground and pound.
Agora é com vocês. Opiniões abaixo!

Nenhum comentário:

Postar um comentário